quinta-feira, 10 de junho de 2010

Seminário reúne fabricantes de equipamentos médicos em Brasília - Manaus, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro também estão na Lista

Seminário reúne fabricantes de equipamentos médicos em Brasília

10 de junho de 2010

Cerca de 200 pessoas participaram do 1º Seminário Regional sobre Registro de Equipamentos Médicos e Implantes Ortopédicos, que ocorreu em Brasília (DF) nessa quarta-feira (9). O objetivo era esclarecer os fabricantes sobre as exigências legais e operacionais para fabricação, registro e comercialização desses produtos. Durante o evento foram divulgados manuais específicos sobre o tema, elaborados especialmente para orientar os fabricantes, e um estudo que prospectou o setor, apontando recomendações.

Primeiro de uma série de seminários que serão realizados nas cinco regiões do país, o evento é um dos resultados da cooperação firmada entre a Anvisa, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (Abdi) e o Sebrae para promover o desenvolvimento tecnológico e industrial brasileiro no âmbito da saúde. A cooperação prevê ações estratégicas para estimular a competitividade e melhorar a qualificação das empresas nacionais, especialmente as micro e pequenas, que fabricam produtos sob regulação sanitária, relacionados direta ou indiretamente à saúde.

Regulação e desenvolvimento

Hoje cerca de 85% dos processos de registro de equipamentos médicos e implantes ortopédicos não são aprovados na primeira solicitação; recebem pelo menos uma exigência por estarem mal-instruídos. O motivo pode ser a ausência de um documento, de um teste ou até mesmo a falta de clareza na prestação das informações. Isso gera retrabalho e atrasa a entrada dos produtos no mercado, além de gerar novos custos para o governo, que tem de refazer a análise.

O diretor da Anvisa, Dirceu Barbano, lembrou que em todos os países desenvolvidos o rigor sanitário é tratado como algo estratégico para o desenvolvimento. “Uma regulação eficiente gera bons produtos, que são inseridos no mercado em menor prazo, movimentando a economia e tornando o Brasil capaz de competir lá fora”, afirmou. Segundo o diretor, num ambiente de regulação frágil os produtos de empresas sérias concorrem com produtos de baixíssima qualidade, enfraquecendo a economia do país e colocando a saúde das pessoas em risco.

“Trata-se de mais uma iniciativa para melhorar os instrumentos de apoio ao desenvolvimento industrial e à inovação. É preciso que o conhecimento produzido seja apropriado pelo governo e pelas indústrias para gerar benefícios ao usuário final”, reforçou o presidente da ABDI, Clayton Campanhola, ao falar sobre a importância da cooperação entre as instituições.

A representante do Sebrae, Rosana Melo, ressaltou que grande parte do setor produtivo de equipamentos médicos no país é formada por empresas de pequeno porte, tornando necessárias diretrizes específicas para esse segmento.

Panorama
O Brasil possui cerca de 500 fabricantes de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos. As indústrias de médio porte representam 52,20% e as micro ou pequenas respondem por 25,7%. Embora o setor esteja em evolução, a balança comercial ainda é deficitária: em 2009, o país importou US$ 2,70 bilhões enquanto as exportações alcançaram US$ 580 milhões. Os dados são de um estudo prospectivo do setor realizado pela
ABDI para subsidiar um plano estratégico para os próximos 15 anos, com o objetivo de promover o reconhecimento internacional da indústria brasileira.
Agenda

Os próximos seminários ocorrem, ainda em junho, em Manaus (17) e Porto Alegre (24). Em julho será a vez dos públicos do Rio de janeiro (01), Belo Horizonte (08) e João Pessoa (15). Inscrições e mais informações com José Moutinho pelo telefone (61) 3462-6645 ou por meio do endereço eletrônico tecnologia.produtos@anvisa.gov.br

Fonte: Imprensa/Anvisa

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