Além do suposto problema no fornecimento da vacina antirrábica, outras três linhas de produção de imunizantes do Instituto Butantan, ligado ao governo estadual, estão com pendências que impediram a revalidação do certificado de boas práticas de fabricação, segundo informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os problemas foram detectados na produção das vacinas contra hepatite B e tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche) e dos soros hiperimunes (contra picadas de animais peçonhentos). Excluindo a vacina da gripe, que é apenas formulada e envasada no Butantan, e a antirrábica, esses três produtos correspondem a toda a produção de soros e vacinas do instituto.
O presidente da Anvisa, Dirceu Raposo, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que as pendências encontradas não oferecem risco sanitário e, por isso, a fábrica continua em funcionamento. Ele não revela, no entanto, que pendências são essas.
Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual da Saúde afirmou apenas, por meio de nota, que não foram detectados problemas que comprometessem a produção. Disse também que o motivo que levou à não-revalidação do certificado de boas práticas não tem relação com o atraso na entrega da vacina antirrábica.
Sobre o fato de a fábrica de vacinas contra a gripe continuar parada - apesar de ter sido mostrada em propaganda política do PSDB supostamente funcionando -, a nota da secretaria afirma que a planta está concluída e equipada e que "o processo de qualificação e validação da produção está em curso".
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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